P. Riscada

P. Riscada
Pedra Riscada, um gigante de Minas

Ipê

Ipê
Paisagem com ipê florido

Paisagem com cáctus

Paisagem com cáctus
As grandes montanhas, as serras , os vales

Torre

Torre
A santa cruz do Norte

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Nas trilhas da Serra Morena


A pedra Serra Morena

A convite do biólogo Raphael Matos, que é natural de Ataléia, este humilde blogueiro esteve presente na Serra Morena para uma escalada em um dos inselbergs existentes no local. A Serra Morena é uma vasta propriedade rural pertencente à família Matos. A equipe do Mundo das Montanhas, composta por Raphael Matos, por seu pai, Itamar Matos, e por mim, partiu pela manhã, a cavalo, da sede de Itamar rumo a pedra também batizada de Serra Morena, localizada nos fundos da sede principal da fazenda, a fim de atingir seu cume. Com nossas montarias, passamos diante da velha sede, de onde se pode avistar os antigos e sólidos casarões edificados por Cristalino de Matos, o saudoso bisavô de Raphael, e seguimos em frente, em direção à fazenda vizinha com o intuito de contornar parte da grande pedra e buscar um ponto bom, com boa trilha para a escalada. Dessa forma, percorremos um pequeno trecho das terras do sr. Sercundo Coelho e logo começamos a subida rumo ao topo da pedra Serra Morena. À medida que subíamos, a paisagem ganhava vulto. Em pontos estratégicos, paradas para mirar o panorama e para registrar fotograficamente o que os olhos viam, mas só a alma compreendia. A cada ponto mais elevado de altitude, alcançávamos com vista afiada os mais longínquos rincões, infinitos recantos, cantos perdidos e distantes dessa parte que nos pertence das Minas Gerais. No percurso mais alto, pudemos ver, nas vizinhanças, a pedra do Marco, uma fabulosa montanha, altíssima, com imensos paredões escarpados em uma de suas faces e de topo estreito e pontiagudo, onde se encontra uma placa de bronze, que seria o marco de uma antiga divisão entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo. O Mundo das Montanhas prontifica-se e se prepara desde já para uma possível excursão em busca desse registro histórico no topo daquele gigante de pedra. Antes de atingir o ponto almejado de nossa montanha, mais belezas descortinavam-se aos nossos olhos: matas que brotavam no alto das rochas, lagoas com espelhos de águas límpidas refletindo o esplendor do céu, a relva verde e brilhante sob as patas dos incansáveis cavalos e as nuvens ora cinzentas, ora alvas como neve que flutuavam num céu selvagem da cálida estação. Ao chegar no ponto desejado, o GPS de Raphael acusava 665 metros de altitude e o relógio de Itamar acusava 2 horas e vinte de viagem aproximadamente. Apeamos e amarramos os animais à sombra de um arvoredo. Era hora de esticar as pernas, pausa para uma água fresca e um lanche rápido e tempo de contemplação. De nosso mirante, na ponta do rochedo, alguns minutos de reverência diante da natureza. Beleza, poder, imensidão, perfeição, vastidão, Deus. Muitas palavras para descrever a bela vista. Depois de alguns disparos fotográficos chegou o momento de retomar viagem. Acionei de novo o cavalo que me serviu de condução, batizado com o nome de Gostosinho por Itamar, por ser resistente e de montaria bastante tranquila. Percorremos o caminho de volta e chegamos à sede por volta das duas horas da tarde. Missão cumprida. Depois de saborear uma apetitosa galinha caipira feita pela atenciosa Mara, esposa de Itamar, chegou a hora de retornar a Ataléia. Bela acolhida. Um passeio para não se esquecer tão cedo. Seguem mais fotos do passeio.                                     
Raphael Matos e seu pai, Itamar Matos (Ataléia-MG)
Renato Teixeira nas trilhas da Serra Morena (Fevereiro 2012)
A pedra do Marco, local que abriga placa histórica da região 
Uma das belas lagoas existentes no alto da pedra Serra Morena
Raphael e Itamar apreciando a vista
Mundo das Montanhas (Ataléia-MG) - Fevereiro de 2012
No alto da montanha
Renato, Raphael e Itamar no alto da Serra Morena
Ataléia-MG
Fotografia de Renato Teixeira para o Mundo das Montanhas - Fevereiro de 2012

8 comentários:

Alessandro disse...

Parabéns pela reportagem. O lugar é muito lindo. As belezas dessa Terra (Ataléia) são infinitas. Honra-me muito ser filho desse lugar abençoado por DEUS.

Renato Alves Teixeira disse...

Obrigado, Alessandro. Nossa terra é abençoada mesmo. Orgulho de todos ataleenses.

César disse...

Primeiramente parabéns pelo trabalho com o blog, excelente!

Paisagens muito bonitas e convidativas essas que você posta, fiquei curioso, dá pra chegar no topo dessas pedras fazendo Mountain bike?

Renato Alves Teixeira disse...

César, primeiramente, obrigado pela força. Gostaria de saber de onde vc é e se já conhecia Ataléia antes. Sobre mountain bike, digo que montanhas como o Terreiro de Pedra e até mesmo a Serra Morena dá p encarar. Não sei se todo o trajeto, mas grande parte dele, sim. Outras são impossíveis. Mas existe uma serra muito próxima da cidade que daria um excelente e emocionante percurso para esse fim. É um local com passagens íngremes, trilhas com solo pedregoso,sempre envolto por uma mata nativa. Boa trilha p mountain bike e corrida rústica. Pesquise neste blog a palavra
"chapada" e veja algumas imagens do local. No mais, grande abraço

César disse...

Fala Renato!

Eu sou de Almenara mas moro em Teófilo Otoni a 2 anos, passei em Ataléia uma única vez, conheci seu blog por acaso procurando na net trilhas para MTB nessa região.

Vou verificar com a galera daqui se rola a gente aparecer por ai qualquer dia desses. Até mais!

Renato Alves Teixeira disse...

César, obrigado pela visita ao blog. Ficamos torcendo pela visita de vcs a nossa cidade. Acho que acharão boas trilhas p a prática de MTB por aqui. Conheci Almenara há muito tempo e guardo boas recordações.Abraço

Reginaldo Vasconcelos disse...

Lugar interessante esse amigo, me interessei. Fica fácil de chegar até nessa rocha que vocês subiram? Lindas imagens!

Renato Alves Teixeira disse...

Reginaldo, nós subimos a cavalo. Não sei se há outra trilha p a escalada. Mas, ao lado dessa pedra existe a pedra do Marco, que tem uma placa de bronze, antiga divisa entre Minas e Espírito Santo. É muito alta. Estamos com um projeto de atingir o alto dela. Segue-se a cavalo até a metade dela, o restante é só escalando. Lá deve ter plantas interessantes. Abraço