P. Riscada

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Pedra Riscada, um gigante de Minas

Ipê

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Paisagem com ipê florido

Paisagem com cáctus

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As grandes montanhas, as serras , os vales

Torre

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A santa cruz do Norte

domingo, 25 de dezembro de 2011

Entrevista com Mário da Emater

O Mundo das Montanhas traz esta importante entrevista com o extencionista da Emater-MG em Ataléia, o técnico em agropecuária, Mário de Souza Silva, 45  anos, natural de Novo Oriente de Minas, que traça um perfil do nosso agronegócio e aponta caminhos na busca do desenvolvimento sustentável para o município. A entrevista foi concedida a Renato Teixeira na noite de 22/12/11 em Ataléia. Confira esta entrevista na íntegra:




MM: Mário, desde quando você presta serviços em Ataléia?
Mário: Presto serviço pela EMATER em Ataléia há 8 anos. Desde 1º de maio de 2003.
MM: Qual o potencial agropecuário de nossa região?
Mário: Ataléia tem um potencial agropecuário muito grande.  Em primeiro lugar pela excelente qualidade de solo e um número considerável de pequenos produtores rurais com potencial de crescimento. Então, hoje o município tem um grande potencial de crescimento no setor agropecuário.
MM: Nós podemos afirmar que a agropecuária é a principal economia do município. O que se tem feito para incrementar, diversificar e modernizar efetivamente nosso sistema de produção?
Mário: Renato, as políticas públicas estaduais e federais têm atuado consideravelmente no município com recursos financeiros. Temos como exemplo o Pronaf - Programa Nacional da Agricultura Familiar - que é um recurso federal.  Para incrementar essa produção, nesses oito anos, através da EMATER, já foram investidos mais de 8 milhões de reais no setor, com os agricultores familiares, os pequenos produtores. O que precisa para incrementar essa produtividade, essa geração de renda,  e incluir Ataléia realmente dentro do agronegócio é mais assistência técnica. O município é carente de técnicos para dar suporte aos produtores rurais. Ataléia nunca teve um programa  de desenvolvimento no setor agropecuário. Nunca existiu.  Há oito anos só existe um técnico. Os governos municipais não voltaram os olhos para o setor. Não destinaram investimentos para a contratação de mais técnicos. Hoje, os governos estaduais e federais dão suporte para as prefeituras montarem  suas secretarias de agricultura, seus departamentos de desenvolvimento agropecuário  para dar todo esse suporte para o produtor rural. Hoje nós temos várias linhas de crédito, vários recursos a fundo perdido para desenvolver o município. E Ataléia está deixando passar muita coisa que está à disposição. Deveria estar usufruindo disso. De acordo com a divisão fundiária do município, cerca de 85% dos produtores do municípios são pequenos produtores com propriedades de 40  alqueires de terra ou menos, ou seja, de 200 hectares abaixo. Então, o que nós precisamos realmente no município é de suporte, de criar um programa de apoio de desenvolvimento neste setor. Porque a matéria-prima, a qualidade de solo, muita água, nós temos. Uma oportunidade para  diversificar e fazer um projeto sustentável no município  é real e depende de suporte técnico.
MM:  A despeito de nossa topografia muito acidentada, seria possível ou viável a implantação de métodos alternativos para a agricultura aqui?
Mário:  Com certeza, com certeza.  Nós temos várias áreas com condições reais de implantar um programa de fruticultura, de melhorar a capacidade e o potencial das pastagens do município. Então, a topografia do município de Ataléia não é empecilho para o seu desenvolvimento.  A gente conhece regiões próximas de Ataléia que tem desenvolvimento de hortifrutigranjeiros muito grande. Temos o exemplo de Santa Teresa, de Santa Maria de Jequitibá no Espírito Santo.  Lá a agricultura, os hortifrutigranjeiros são cultivados  em larga escala, em topografia até mais acidentada do que a nossa.
MM: Aí voltamos na questão do apoio, do suporte técnico.
Mário:  Tem de haver esse suporte técnico. Por exemplo, dentro do nosso município que tem 1.860 quilômetros quadrados, já temos em torno de 25 associações de produtores. Que é um número razoável. Quando eu cheguei no  município, Ataléia tinha 4 associações. Hoje já soma  25. E todas as associações recebem os programas do governo, como o programa Minas sem Fome, o Pronaf e outros mais. Tem o PCPR - Programa de Combate à Pobreza Rural. Então, são vários projetos implantados em todo o município. Nós acreditamos que se montarmos um programa de desenvolvimento no setor agropecuário, Ataléia vai despontar como um dos municípios mais produtivos de Minas Gerais, pois potencial para isso nós temos.  
MM: Mário, o município de Ataléia é muito extenso.  E  há um predomínio da bovinocultura de leite e de corte na região. No seu entender, tem havido um avanço qualitativo e quantitativo em nossos rebanhos? Em sua visão, que políticas devem ser adotadas nesse sentido?
Mário:  Olha, Renato, vários produtores já melhoraram seu rebanho. Já temos hoje no município,  associações que estão iniciando um programa comunitário de inseminação artificial. É o exemplo da comunidade do Cibrão. Eles têm um botijão de sêmen e vão iniciar esse trabalho. São várias políticas que foram implantadas no municipio para desenvolver e melhorar esse rebanho e a atividade pecuária. Mas, estamos muito aquém do que nós  podemos atingir. O rebanho cadastrado hoje no IMA está em torno de 118 mil cabeças de bovinos. Então, para um município que produz em torno de 70 mil litros de leite a produtividade é muito baixa. Gente no campo, produtores no campo, famílias no campo, a gente tem para desenvolver. O que realmente precisa é de assistência técnica. É de melhorar o conhecimento do produtor rural para ele poder explorar bem , com realidade, a sua terra.
MM: Você citou o fato de produzirmos no município em torno de 70 mil litros de leite  por dia. Você acha que teríamos capacidade para elevar esse índice?
Mário:  Se fizéssemos uma política correta, de suporte, de apoio, tranquilamente poderíamos atingir de 120 a 150 mil litros por dia.
MM: E sobre gado de corte?
Mário: Quando você aprimora, melhora toda a cadeia de bovino, com certeza o número do gado de corte irá aumentar. A oferta de bezerro irá aumentar. Hoje nós temos aí, em palavras técnicas, um índice de natalidade muito baixo no município. Nós devemos ter em torno de umas 40 mil matrizes e baixa parição. Muita vaca com intervalo de parto muito longo. É preciso  orientação técnica para o produtor. Fazer o manejo correto para melhorar. Produzir mais bezerros e mais leite.
MM: Qual a importância do cooperativismo e do associativismo no avanço do agronegócio e das demais culturas na região? 
Mário: O cooperativismo e o associativismo sempre foram as bases  do desenvolvimento das regiões e do município. Com o número de associações que nós temos hoje, o município de Ataléia tem potencial total para desenvolver uma cooperativa para absorver a produção e dar apoio aos produtores. E hoje o agronegócio e o pequeno produtor devem estar diretamente ligados ao associativismo e ao cooperativismo.
MM: Você acha que Ataléia ainda está  devendo nessa área?
Mário: Com certeza. Ataléia ainda está fraca. Nós temos que trabalhar muito nesta base, neste trabalho de associativismo e cooperativismo e mostrar para os produtores que todos os órgãos - Emater, prefeitura e  sindicatos - devem se unir, dar as mãos.
MM: E qual o papel dos pequenos produtores rurais da região? Eles têm recebido o apoio devido?
Mário: Por parte do governo, sim. Agora, o que precisa para que as políticas do governo cheguem até eles de verdade  é  de mais técnicos, como já foi falado.
MM: Você acha que o município deveria  contratar mais técnicos. Quantos seriam suficiente?
Mário: Qualquer quantidade a mais já seria ótimo. Mas para funcionar de verdade mesmo, hoje, precisaria no mínimo de um técnico em cada distrito. Pelo tamanho do município, que possui cinco distritos, deveria ter cinco técnicos e mais um na base aqui em Ataléia.  
MM: O que se tem feito em defesa dos recursos naturais, como solo,  matas ciliares, nascentes e encostas dos morros para evitar o impacto ambiental em nosso município?
Mário: Olha, Renato, tem sido feito muito pouco. Quem tem feito  alguns trabalhos são as escolas, com seus trabalhos de conscientização e a EMATER, em suas palestras, em suas reuniões no meio rural, onde tem alertado muito os produtores rurais para a preservação das matas ciliares, do cercamento das nascentes, da importância das matas de topo, da importância de respeitar a topografia, a declividade alta do terreno e deixar a área isolada, como reserva legal. E isto é importantíssimo. O produtor rural deve estar bem consciente dessa preservação ambiental que ele deve fazer em sua propriedade.  E precisamos de um programa de apoio para dar mais suporte, como um viveiro para distribuição de mudas.
MM: E Ataléia não tem um viveiro de mudas. Teria como criar esse projeto?
Mário. Com certeza. Com apoio dos sindicatos, da prefeitura, das associações.  Cada um entraria com uma parcela de participação. Mas, para tudo, deve haver  vontade política.  A Emater, que é o órgão que eu represento e para o qual presto serviço, com um técnico apenas, não tem condições totais para tal.
MM:  E os órgãos municipais, como a câmara, têm feito algo neste sentido?
Mário: Não. A câmara municipal não tem feito nada no sentido de ajudar e de buscar alternativas para desenvolver a agropecuária sustentável no município.
MM:  Podemos dizer, então,  que a produção sustentável em nosso município é uma utopia ou caminhamos para uma realidade?  
Mário: Não é utopia. Caminhamos para a realidade porque, hoje, a sociedade de Ataléia e a sociedade mundial pedem que se busque essa sustentabilidade. O próprio produtor rural hoje está consciente de que se ele não trabalhar em consonância com o meio ambiente, respeitando-o, ele não terá sucesso em suas atividades. Nós tivemos no município de ataleia, assim como em todo o vale do mucuri, momentos de grande circulação de dinheiro, de recursos próprios, quando tinha muita madeira na região, madeira de lei. Então, nossos antepassados lançaram mão dessas reservas naturais e acabaram com a madeira. E toda forma nossa de produzir é extrativista. Então, seria uma oportunidade para o município de retomar e implantar a madeira novamente para no amanhã termos potencial madeireiro.
MM: Queria aproveitar a oportunidade, já que tocamos no assunto das riquezas exauridas do município, e levantar a questão do granito e das chamadas pedreiras. Elas trazem de fato algum benefício à nossa região ou seria uma outra forma de exploração de nossas riquezas?
Mário: Renato, qualquer atividade de exploração de recursos naturais é viável  e benéfica para o município, desde quando seja explorada com organização. Não se justifica chegar até oito pedreiras, oito empresas de exploração de granito, em Ataléia , e já chegamos até isso, e essas mesmas empresas não deixarem nem um centavo de imposto, de recursos, de benefícios dentro do município. Não se pode duvidar do potencial que nosso município tem. Ataléia tem os melhores granitos do Brasil. E essa bacia do município de Ataléia tem os melhores granitos que abastecem boa parte das indústrias do Espírito Santo. Você pode notar que essas cidades que têm engenhos de pedra, como Ecoporanga, Barra de São Francisco, cidades mais próximas daqui, estão desenvolvendo muito mais  granito e boa parte dessa matéria-prima deles é daqui de Ataléia. Eles tiram a matéria-prima daqui, beneficiam lá e não deixam recursos nenhum aqui. E, de lá, exportam para a China, Itália e outros países.  Imposto, tudo, fica por lá.
MM: E o que seria interessante fazer para mudar isso?
MárioAtaléia deveria ter um código ambiental que regulamentasse a exploração do granito no município. Dentro desse código ambiental é que  nós iríamos desenvolver leis e normas para o que iria ficar e o que iria seguir.  Poderia chegar ao ponto, pelo potencial que nós temos, de montarmos até uma serraria aqui, que iria gerar empregos e gerar riquezas aqui para o municiípio.
MM: Neste caso, nossos representantes públicos também estariam sendo omissos?
Mário: Nossa câmara municipal neste sentido é omissa em não reconhecer esse potencial que Ataléia tem e não buscar uma alternativa para regulamentar essa exploração.
MM: E a prefeitura?
Mário: Também. A prefeitura e todos os outros órgãos do município são omissos a essa exploração. Assim como a madeira no passado, o granito é uma excelente fonte de renda e está sendo explorada inadequadamente. Estão levando nossas riquezas para fora do município e estão deixando nada. Só deixando destruição. As carretas estragam as ruas. Nos locais de exploração é uma degradação ambiental sem limites. Não respeitam margens de rios. Não têm um plano de reflorestamento. Então, não temos  uma política, um código ambiental para o município, para fazer isso.  No Espírito Santo, todos os municípios têm. As pedras de Ecoporanga são industrializadas dentro de Ecoporanga. As de São Francisco, dentro de São Francisco. Lá, cada município tem seu código florestal e ambiental. Para explorar, você tem que pagar imposto e muito mais.
MM: Voce falou de métodos eficientes adotados em cidades capixabas como Santa Teresa, Santa Maria de Jequitibá, Ecoporanga, Barra de São Francisco. E nós, aqui  na divisa com o Espírito Santo, estamos deixando muito a desejar, não é mesmo?
Mário: O modelo de exploração agropecuário, de granito, de recursos naturais, todo ele está sendo extrativista. Não tem um programa de desenvolvimento, uma organização.  A câmara municipal, a prefeitura municipal , os órgãos responsáveis por isso não estão agindo. Não querem modernizar. O modelo de exploração em Ataléia é tudo reflexo das coisas antigas. Os administradores devem ver, devem discutir com a sociedade um modelo de crescimento para Ataléia. Não é o administrador chegar e falar: “tem de ser desse jeito”.  Quem sabe o modelo de desenvolvimento do município é a sociedade. Tem que ter essa habilidade para isso.  As comunidades onde foram formadas as associações estão evoluindo, porque há uma discussão, uma participação. Por exemplo, você vê a comunidade de São Miguel desenvolvendo, a comunidade da Pratinha desenvolvendo, comunidade de são Fidelis desenvolvendo. Agora mesmo, na comunidade da Baixa Quente, vai ser liberado um recurso para irrigar 25 hectares para os pequenos produtores. Então, o município em si, os produtores, estão precisando de uma orientação , de um horizonte positivo para desenvolver juntos. As lideranças, a câmara municipal, a prefeitura municipal têm de ter essa sensibilidade e criar argumentos, criar programas para dar suporte a isso. 
MM: Cabe ao eleitor, então, saber escolher seus representantes pelo potencial, habilidades e qualidades que têm, e não utilizar o voto de favor. Não é isso? 
Mario: O voto de favor está provado que é um atraso. O eleitor tem de votar num programa de desenvolvimento. Devemos juntar toda a sociedade de Ataléia - setor da  educação, setor da saúde, setor agropecuário, setor social - e desenhar um programa. Hoje, há 25 associações rurais no município, que se reúnem mensalmente em Ataléia. Nós estamos discutindo isso. Nós estamos criando, fazendo esse programa. É o PMDRS - Programa Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável. Só que não tem a participação do poder público, das secretarias de saúde e de educação, para a gente dar sustentabilidade realmente a esse programa. A sociedade e os órgãos públicos devem trabalhar unidos com uma finalidade. Não desgarrados como estão. O que acontece, é que cada setor está puxando para um lado. Não há uma união, não há um projeto, não há um consenso, não há uma discussão. Se eles acham que é assim, vão lá e fazem. A sociedade tem de participar desse processo.
MM: Mário, como você vê o problema do lixo tóxico e do lixo inorgânico produzidos no município? Gostaria que você dissesse como eles se diferenciam do lixo orgânico.
Mário: Nós sabemos que o lixo inorgânico e o lixo  tóxico não são tratados adequadamente no nosso município. São jogados a céu aberto, em aterros muito mal administrados. Pelo volume de lixo que Ataléia tem e onde ele é jogado, o município tem condições de fazer uma coleta desse lixo. Uma seleção desse lixo. E, lá no “lixão”, criar um galpão para se fazer essa seleção. Separar lixo reciclável do não reciclável. O lixo reciclável vai ser prensado e vendido. O tóxico vai ter seu destino adequado e o lixo orgânico vai ser tratado e ser de grande utilidade e será revertido em  adubo orgânico para os agricultores. Nós sabemos que a produção orgânica no mundo e no Brasil está crescendo e é uma realidade. Hoje, praticamente toda a produção agrícola de Ataléia - milho, feijão, arroz - é toda orgânica. Não leva defensivo, veneno nenhum, para ser produzido. Então, nós temos um potencial grande para isso.  E a nossa produção, que é uma produção de subsistência, uma produção familiar, tem potencial para se tornar uma produção comercial. De larga escala. E se fizessem um reaproveitamento adequado do lixo, ele poderia servir de adubo para essa atividade. A nossa administração tem de ter uma visão mais aberta do município como um todo.  Nós devemos estar preparados para receber críticas construtivas e receber também elogios. Ninguém é perfeito. O errado é continuar no erro.  Nós temos capacidade e potencial para reverter o quadro do desenvolvimetno geral e sustentável. Isso vai  englobar o lixo, vai englobar a saúde, o desenvolvimento das estradas,  o setor agropecuário, o esporte, o lazer. E nós temos que criar políticas para segurar o jovem no campo. Porque ser roçaliano, ser caipira, é uma honra.  Quase 100% da economia de nosso município vem da agropecuária. Então, nós temos que criar condições para o jovem ganhar dinheiro no setor rural.  Hoje, um hectare de fruta, de hortaliça, uma criação de pequenos animais como porco, galinha, ou gado, tudo é viável. Mas, tem de ter produtividade. Hoje, o mercado e a economia não admitem mais você ter baixa produtividade. E nós estamos perto de muitos grandes centros consumidores. Temos uma localização privilegiada. Outro ponto importantíssimo é o potencial turístico. Temos várias cachoeiras, várias pedras. Nós temos cavernas. Grandes cavernas de granito do Brasil estão aqui no município. Temos ainda algumas pequenas áreas, reservas naturais, que estão um pouco preservadas. Nós temos rios para fazer canoagem. Tanto o rio Norte como o rio São Mateus são apropriados para a canoagem. Então,  nós temos um potencial turístico imenso. Além de sermos uma boa via de acesso para quem vem das capitais indo para o litoral.
MM: Mário, você tem algum projeto ou até mesmo algum sonho a ser atingido nesta área para Ataléia?
Mário: Renato, eu não sou filho de Ataléia, mas me considero, pois aprendi a gostar de Ataléia. Nós temos um projeto muito bom, muito positivo, e bastante sustentável. Nós temos que trabalhar a pecuária de Ataléia. Nós temos que trabalhar a agricultura de Ataléia. Nós temos um potencial imenso para produzir frutas. Nós temos potencial turístico. Nós temos potencial de produção de granito. Então, a produção de ataléia está plantada e ela precisa ser adubada. Ela precisa ser administrada bem, com participação da população, para atingir um nível de satisfação. Nós temos de buscar qualidade de vida hoje.
MM: Mário, o Mundo das Montanhas agradece imensamente pela entrevista e o parabeniza pelos relevantes serviços prestados no município e deixa a palavra franca para suas considerações finais.
Mário: Em primeiro lugar quero falar do sonho que você mencionou anteriormente. A gente sonha para depois virar realidade. Eu me lembro quando cheguei em Ataléia há oitos anos. Ninguém acreditava que pudéssemos atingir o potencial que se tem hoje. E isto é só o início. Eu acredito e nós acreditamos no desenvolvimento de Ataléia. Temos todo o potencial para fazer isso acontecer. Basta a sociedade querer. Nós temos vários órgãos no município que trabalham em prol do produtor rural e em prol do desenvolvimento. Então, é só trabalharmos juntos, trabalharmos unidos, para chegar no bem comum, que é o desenvolvimento sustentável do município. Nós acreditamos muito em Ataléia. E eu acredito que Ataléia vai se tornar, pois tem potencial, em um dos municípios mais produtivos do estado de Minas Gerais.
Mário de Souza conduzindo a criação da associação rural da região dos três vales em Ataléia em agosto de 2011 (veja matéria neste blog, na seção Sociedade)

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7 comentários:

Anny Cristina disse...

Mário,obrigado por sempre acreditar no desenvolvimento de Ataléia, obrigado pelo que tem feito por ela.
Sempre fui muito grata a você,quando tinha alguma pesquisa sobre informações agropecuária de Ataléia,você sempre arranjava um tempinho para responder minhas perguntas. Obrigado também Renato, cada vez mais enriquecendo os leitores de informações raríssimas.

Renato Alves Teixeira disse...

Fico feliz por termos jovens interessados em assuntos tão importantes do município. Parabéns, Anny. Você é especial, viu?

Anny Cristina disse...

Obrigado Renato, você também é muito especial!

Julio Cesar Fleming Seabra disse...

Renato parabéns mais uma vez por essa inovação de postar entrevistas com pessoas que colaboram com o desenvolvimento de Ataléia. Fico feliz em saber que a EMATER está em boas mãos. Muito interessante as perguntas e a colocação do ponto de vista do técnico. Sempre achei que o Turismo Rural poderia ser uma excelente alternativa de renda para o município, além da pecuária e da agricultura, pois Ataléia pode entrar em um circuito de escalada ( treking ) de montanhas e caminhadas ecológicas. Estas montanhas são excelentes para alpinistas. Chalés, pousadas, guias, lojas, restaurantes e uma imensa cadeia por trás do Turismo.
valeu. Aproveito para desejar um grande ano de 2012 para você.

Renato Alves Teixeira disse...

Valeu pelo comentário, Júlio. A ideia do turismo ecológico é muito boa. Aliás, você conhece muito bem essa nossa região, pois prestou grandes serviços pela Emater aqui na terrinha. Abração

Maria jane disse...

Muito bom ler uma entrevista como essa Renato, é uma injeção de animo. O Mario mostrou pontos positivos de desenvolvimentos em nossa cidade, projetos e sonhos que podem ser realizados, boa vontade e conhecimento faz a diferença

Renato Alves Teixeira disse...

Jane, Mário mostrou muita sobriedade nesta entrevista. E, como poucos,conhece o município e seus problemas. Valeu pelo comentário