O Mundo das Montanhas traz esta importante entrevista com o extencionista da Emater-MG em Ataléia, o técnico em agropecuária, Mário de Souza Silva, 45 anos, natural de Novo Oriente de Minas, que traça um perfil do nosso agronegócio e aponta caminhos na busca do desenvolvimento sustentável para o município. A entrevista foi concedida a Renato Teixeira na noite de 22/12/11 em Ataléia. Confira esta entrevista na íntegra:
MM: Mário, desde quando você presta serviços em Ataléia?
Mário: Presto serviço pela EMATER em Ataléia há 8 anos.
Desde 1º de maio de 2003.
MM: Qual o potencial agropecuário de nossa região?
Mário: Ataléia tem um potencial agropecuário muito
grande. Em primeiro lugar pela excelente
qualidade de solo e um número considerável de pequenos produtores rurais com
potencial de crescimento. Então, hoje o município tem um grande potencial de
crescimento no setor agropecuário.
MM: Nós podemos afirmar que a agropecuária é a principal
economia do município. O que se tem feito para incrementar, diversificar e
modernizar efetivamente nosso sistema de produção?
Mário: Renato, as políticas públicas estaduais e federais têm
atuado consideravelmente no município com recursos financeiros. Temos como
exemplo o Pronaf - Programa Nacional da Agricultura Familiar - que é um recurso
federal. Para incrementar essa produção,
nesses oito anos, através da EMATER, já foram investidos mais de 8 milhões de
reais no setor, com os agricultores familiares, os pequenos produtores. O que
precisa para incrementar essa produtividade, essa geração de renda, e incluir Ataléia realmente dentro do
agronegócio é mais assistência técnica. O município é carente de técnicos para
dar suporte aos produtores rurais. Ataléia nunca teve um programa de desenvolvimento no setor agropecuário.
Nunca existiu. Há oito anos só existe um
técnico. Os governos municipais não voltaram os olhos para o setor. Não
destinaram investimentos para a contratação de mais técnicos. Hoje, os governos
estaduais e federais dão suporte para as prefeituras montarem suas secretarias de agricultura, seus
departamentos de desenvolvimento agropecuário para dar todo esse suporte para o produtor
rural. Hoje nós temos várias linhas de crédito, vários recursos a fundo perdido
para desenvolver o município. E Ataléia está deixando passar muita coisa que
está à disposição. Deveria estar usufruindo disso. De acordo com a divisão
fundiária do município, cerca de 85% dos produtores do municípios são pequenos
produtores com propriedades de 40 alqueires
de terra ou menos, ou seja, de 200 hectares abaixo. Então, o que nós
precisamos realmente no município é de suporte, de criar um programa de apoio
de desenvolvimento neste setor. Porque a matéria-prima, a qualidade de solo,
muita água, nós temos. Uma oportunidade para
diversificar e fazer um projeto sustentável no município é real e depende de suporte técnico.
MM: A despeito de
nossa topografia muito acidentada, seria possível ou viável a implantação de
métodos alternativos para a agricultura aqui?
Mário: Com certeza,
com certeza. Nós temos várias áreas com
condições reais de implantar um programa de fruticultura, de melhorar a
capacidade e o potencial das pastagens do município. Então, a topografia do
município de Ataléia não é empecilho para o seu desenvolvimento. A gente conhece regiões próximas de Ataléia
que tem desenvolvimento de hortifrutigranjeiros muito grande. Temos o exemplo
de Santa Teresa, de Santa Maria de Jequitibá no Espírito Santo. Lá a agricultura, os hortifrutigranjeiros são
cultivados em larga escala, em
topografia até mais acidentada do que a nossa.
MM: Aí voltamos na questão do apoio, do suporte técnico.
Mário: Tem de haver
esse suporte técnico. Por exemplo, dentro do nosso município que tem 1.860 quilômetros
quadrados, já temos em torno de 25 associações de produtores. Que é um número
razoável. Quando eu cheguei no município,
Ataléia tinha 4 associações. Hoje já soma
25. E todas as associações recebem os programas do governo, como o
programa Minas sem Fome, o Pronaf e outros mais. Tem o PCPR - Programa de
Combate à Pobreza Rural. Então, são vários projetos implantados em todo o
município. Nós acreditamos que se montarmos um programa de desenvolvimento no
setor agropecuário, Ataléia vai despontar como um dos municípios mais
produtivos de Minas Gerais, pois potencial para isso nós temos.
MM: Mário, o município de Ataléia é muito extenso. E há
um predomínio da bovinocultura de leite e de corte na região. No seu entender,
tem havido um avanço qualitativo e quantitativo em nossos rebanhos? Em sua
visão, que políticas devem ser adotadas nesse sentido?
Mário: Olha, Renato,
vários produtores já melhoraram seu rebanho. Já temos hoje no município, associações que estão iniciando um programa
comunitário de inseminação artificial. É o exemplo da comunidade do Cibrão.
Eles têm um botijão de sêmen e vão iniciar esse trabalho. São várias políticas
que foram implantadas no municipio para desenvolver e melhorar esse rebanho e a
atividade pecuária. Mas, estamos muito aquém do que nós podemos atingir. O rebanho cadastrado hoje no
IMA está em torno de 118 mil cabeças de bovinos. Então, para um município que
produz em torno de 70 mil litros de leite a produtividade é muito baixa. Gente
no campo, produtores no campo, famílias no campo, a gente tem para desenvolver. O que realmente
precisa é de assistência técnica. É de melhorar o conhecimento do produtor rural
para ele poder explorar bem , com realidade, a sua terra.
MM: Você citou o fato de produzirmos no município em torno
de 70 mil litros de leite por dia. Você
acha que teríamos capacidade para elevar esse índice?
Mário: Se fizéssemos
uma política correta, de suporte, de apoio, tranquilamente poderíamos atingir
de 120 a 150 mil litros por dia.
MM: E sobre gado de corte?
Mário: Quando você aprimora, melhora toda a cadeia de
bovino, com certeza o número do gado de corte irá aumentar. A oferta de bezerro
irá aumentar. Hoje nós temos aí, em palavras técnicas, um índice de natalidade
muito baixo no município. Nós devemos ter em torno de umas 40 mil matrizes e
baixa parição. Muita vaca com intervalo de parto muito longo. É preciso orientação técnica para o produtor. Fazer o
manejo correto para melhorar. Produzir mais bezerros e mais leite.
MM: Qual a importância do cooperativismo e do associativismo
no avanço do agronegócio e das demais culturas na região?
Mário: O cooperativismo e o associativismo sempre foram as
bases do desenvolvimento das regiões e
do município. Com o número de associações que nós temos hoje, o município de
Ataléia tem potencial total para desenvolver uma cooperativa para absorver a
produção e dar apoio aos produtores. E hoje o agronegócio e o pequeno produtor devem
estar diretamente ligados ao associativismo e ao cooperativismo.
MM: Você acha que Ataléia ainda está devendo nessa área?
Mário: Com certeza. Ataléia ainda está fraca. Nós temos que
trabalhar muito nesta base, neste trabalho de associativismo e cooperativismo e
mostrar para os produtores que todos os órgãos - Emater, prefeitura e sindicatos - devem se unir, dar as mãos.
MM: E qual o papel dos pequenos produtores rurais da região?
Eles têm recebido o apoio devido?
Mário: Por parte do governo, sim. Agora, o que precisa para
que as políticas do governo cheguem até eles de verdade é de
mais técnicos, como já foi falado.
MM: Você acha que o município deveria contratar mais técnicos. Quantos seriam
suficiente?
Mário: Qualquer
quantidade a mais já seria ótimo. Mas para funcionar de verdade mesmo, hoje,
precisaria no mínimo de um técnico em cada distrito. Pelo tamanho do município,
que possui cinco distritos, deveria ter cinco técnicos e mais um na base aqui
em Ataléia.
MM: O que se tem feito em defesa dos recursos naturais, como
solo, matas ciliares, nascentes e
encostas dos morros para evitar o impacto ambiental em nosso município?
Mário: Olha, Renato, tem sido feito muito pouco. Quem tem feito alguns trabalhos são as escolas, com seus trabalhos
de conscientização e a EMATER, em suas palestras, em suas reuniões no meio
rural, onde tem alertado muito os produtores rurais para a preservação das
matas ciliares, do cercamento das nascentes, da importância das matas de topo,
da importância de respeitar a topografia, a declividade alta do terreno e deixar
a área isolada, como reserva legal. E isto é importantíssimo. O produtor rural
deve estar bem consciente dessa preservação ambiental que ele deve fazer em sua
propriedade. E precisamos de um programa
de apoio para dar mais suporte, como um viveiro para distribuição de mudas.
MM: E Ataléia não tem um viveiro de mudas. Teria como criar
esse projeto?
Mário. Com certeza. Com apoio dos sindicatos, da prefeitura,
das associações. Cada um entraria com
uma parcela de participação. Mas, para tudo, deve haver vontade política. A Emater, que é o órgão que eu represento e para
o qual presto serviço, com um técnico apenas, não tem condições totais para
tal.
MM: E os órgãos
municipais, como a câmara, têm feito algo neste sentido?
Mário: Não. A câmara
municipal não tem feito nada no sentido de ajudar e de buscar alternativas para
desenvolver a agropecuária sustentável no município.
MM: Podemos dizer,
então, que a produção sustentável em
nosso município é uma utopia ou caminhamos para uma realidade?
Mário: Não é utopia. Caminhamos para a realidade porque, hoje,
a sociedade de Ataléia e a sociedade mundial pedem que se busque essa sustentabilidade.
O próprio produtor rural hoje está consciente de que se ele não trabalhar em
consonância com o meio ambiente, respeitando-o, ele não terá sucesso em suas
atividades. Nós tivemos no município de ataleia, assim como em todo o vale do
mucuri, momentos de grande circulação de dinheiro, de recursos próprios, quando
tinha muita madeira na região, madeira de lei. Então, nossos antepassados
lançaram mão dessas reservas naturais e acabaram com a madeira. E toda forma
nossa de produzir é extrativista. Então, seria uma oportunidade para o município
de retomar e implantar a madeira novamente para no amanhã termos potencial
madeireiro.
MM: Queria aproveitar a oportunidade, já que tocamos no
assunto das riquezas exauridas do município, e levantar a questão do granito e
das chamadas pedreiras. Elas trazem de fato algum benefício à nossa região ou
seria uma outra forma de exploração de nossas riquezas?
Mário: Renato, qualquer atividade de exploração de recursos
naturais é viável e benéfica para o
município, desde quando seja explorada com organização. Não se justifica chegar
até oito pedreiras, oito empresas de exploração de granito, em Ataléia , e já
chegamos até isso, e essas mesmas empresas não deixarem nem um centavo de
imposto, de recursos, de benefícios dentro do município. Não se pode duvidar do
potencial que nosso município tem. Ataléia tem os melhores granitos do Brasil.
E essa bacia do município de Ataléia tem os melhores granitos que abastecem boa
parte das indústrias do Espírito Santo. Você pode notar que essas cidades que têm
engenhos de pedra, como Ecoporanga, Barra de São Francisco, cidades mais
próximas daqui, estão desenvolvendo muito mais
granito e boa parte dessa matéria-prima deles é daqui de Ataléia. Eles
tiram a matéria-prima daqui, beneficiam lá e não deixam recursos nenhum aqui. E,
de lá, exportam para a China, Itália e outros países. Imposto, tudo, fica por lá.
MM: E o que seria interessante fazer para mudar isso?
Mário: Ataléia deveria ter um código ambiental que regulamentasse a exploração do granito no município. Dentro desse código ambiental é que nós iríamos desenvolver leis e normas para o que iria ficar e o
que iria seguir. Poderia chegar ao
ponto, pelo potencial que nós temos, de montarmos até uma serraria aqui, que
iria gerar empregos e gerar riquezas aqui para o municiípio.
MM: Neste caso, nossos representantes públicos também
estariam sendo omissos?
Mário: Nossa câmara municipal neste sentido é omissa em não
reconhecer esse potencial que Ataléia tem e não buscar uma alternativa para
regulamentar essa exploração.
MM: E a prefeitura?
Mário: Também. A prefeitura e todos os outros órgãos do município
são omissos a essa exploração. Assim como a madeira no passado, o granito é uma
excelente fonte de renda e está sendo explorada inadequadamente. Estão levando
nossas riquezas para fora do município e estão deixando nada. Só deixando
destruição. As carretas estragam as ruas. Nos locais de exploração é uma
degradação ambiental sem limites. Não respeitam margens de rios. Não têm um
plano de reflorestamento. Então, não temos
uma política, um código ambiental para o município, para fazer isso. No Espírito Santo, todos os municípios têm. As
pedras de Ecoporanga são industrializadas dentro de Ecoporanga. As de São Francisco,
dentro de São Francisco. Lá, cada município tem seu código florestal e ambiental.
Para explorar, você tem que pagar imposto e muito mais.
MM: Voce falou de métodos eficientes adotados em cidades
capixabas como Santa Teresa, Santa Maria
de Jequitibá, Ecoporanga, Barra de São Francisco. E nós, aqui na divisa com o Espírito Santo, estamos
deixando muito a desejar, não é mesmo?
Mário: O modelo de exploração agropecuário, de granito, de
recursos naturais, todo ele está sendo extrativista. Não tem um programa de
desenvolvimento, uma organização. A
câmara municipal, a prefeitura municipal , os órgãos responsáveis por isso não
estão agindo. Não querem modernizar. O modelo de exploração em Ataléia é tudo
reflexo das coisas antigas. Os administradores devem ver, devem discutir com a
sociedade um modelo de crescimento para Ataléia. Não é o administrador chegar e
falar: “tem de ser desse jeito”. Quem
sabe o modelo de desenvolvimento do município é a sociedade. Tem que ter essa
habilidade para isso. As comunidades
onde foram formadas as associações estão evoluindo, porque há uma discussão,
uma participação. Por exemplo, você vê a comunidade de São Miguel
desenvolvendo, a comunidade da Pratinha desenvolvendo, comunidade de são
Fidelis desenvolvendo. Agora mesmo, na comunidade da Baixa Quente, vai ser
liberado um recurso para irrigar 25 hectares para os pequenos produtores. Então,
o município em si, os produtores, estão precisando de uma orientação , de um
horizonte positivo para desenvolver juntos. As lideranças, a câmara municipal,
a prefeitura municipal têm de ter essa sensibilidade e criar argumentos, criar
programas para dar suporte a isso.
MM: Cabe ao
eleitor, então, saber escolher seus representantes pelo potencial, habilidades e
qualidades que têm, e não utilizar o voto de favor. Não é isso?
Mario: O voto de favor está provado que é um atraso. O
eleitor tem de votar num programa de desenvolvimento. Devemos juntar toda a
sociedade de Ataléia - setor da
educação, setor da saúde, setor agropecuário, setor social - e desenhar
um programa. Hoje, há 25 associações rurais no município, que se reúnem mensalmente
em Ataléia. Nós estamos discutindo isso. Nós estamos criando, fazendo esse
programa. É o PMDRS - Programa Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável.
Só que não tem a participação do poder público, das secretarias de saúde e de
educação, para a gente dar sustentabilidade realmente a esse programa. A sociedade
e os órgãos públicos devem trabalhar unidos com uma finalidade. Não desgarrados
como estão. O que acontece, é que cada setor está puxando para um lado. Não há
uma união, não há um projeto, não há um consenso, não há uma discussão. Se eles
acham que é assim, vão lá e fazem. A sociedade tem de participar desse
processo.
MM: Mário, como você vê o problema do lixo tóxico e do lixo
inorgânico produzidos no município? Gostaria que você dissesse como eles
se diferenciam do lixo orgânico.
Mário: Nós sabemos que o lixo inorgânico e o lixo tóxico não são tratados adequadamente no
nosso município. São jogados a céu aberto, em aterros muito mal administrados. Pelo
volume de lixo que Ataléia tem e onde ele é jogado, o município tem condições de
fazer uma coleta desse lixo. Uma seleção desse lixo. E, lá no “lixão”, criar um
galpão para se fazer essa seleção. Separar lixo reciclável do não reciclável. O
lixo reciclável vai ser prensado e vendido. O tóxico vai ter seu destino
adequado e o lixo orgânico vai ser tratado e ser de grande utilidade e será
revertido em adubo orgânico para os
agricultores. Nós sabemos que a produção orgânica no mundo e no Brasil está
crescendo e é uma realidade. Hoje, praticamente toda a produção agrícola de
Ataléia - milho, feijão, arroz - é toda orgânica. Não leva defensivo, veneno
nenhum, para ser produzido. Então, nós temos um potencial grande para
isso. E a nossa produção, que é uma
produção de subsistência, uma produção familiar, tem potencial para se tornar
uma produção comercial. De larga escala. E se fizessem um reaproveitamento
adequado do lixo, ele poderia servir de adubo para essa atividade. A nossa
administração tem de ter uma visão mais aberta do município como um todo. Nós devemos estar preparados para receber
críticas construtivas e receber também elogios. Ninguém é perfeito. O errado é
continuar no erro. Nós temos capacidade
e potencial para reverter o quadro do desenvolvimetno geral e sustentável. Isso
vai englobar o lixo, vai englobar a
saúde, o desenvolvimento das estradas, o
setor agropecuário, o esporte, o lazer. E nós temos que criar políticas para
segurar o jovem no campo. Porque ser roçaliano, ser caipira, é uma honra. Quase 100% da economia de nosso município vem
da agropecuária. Então, nós temos que criar condições para o jovem ganhar dinheiro no setor rural. Hoje, um hectare de fruta, de hortaliça, uma
criação de pequenos animais como porco, galinha, ou gado, tudo é viável. Mas,
tem de ter produtividade. Hoje, o mercado e a economia não admitem mais você
ter baixa produtividade. E nós estamos perto de muitos grandes centros
consumidores. Temos uma localização privilegiada. Outro ponto importantíssimo é
o potencial turístico. Temos várias cachoeiras, várias pedras. Nós temos
cavernas. Grandes cavernas de granito do Brasil estão aqui no município. Temos
ainda algumas pequenas áreas, reservas naturais, que estão um pouco preservadas.
Nós temos rios para fazer canoagem. Tanto o rio Norte como o rio São Mateus são
apropriados para a canoagem. Então, nós
temos um potencial turístico imenso. Além de sermos uma boa via de acesso para
quem vem das capitais indo para o litoral.
MM: Mário, você tem algum projeto ou até mesmo algum sonho a
ser atingido nesta área para Ataléia?
Mário: Renato, eu não sou filho de Ataléia, mas me
considero, pois aprendi a gostar de Ataléia. Nós temos um projeto muito bom, muito
positivo, e bastante sustentável. Nós temos que trabalhar a pecuária de Ataléia.
Nós temos que trabalhar a agricultura de Ataléia. Nós temos um potencial imenso
para produzir frutas. Nós temos potencial turístico. Nós temos potencial de
produção de granito. Então, a produção de ataléia está plantada e ela precisa
ser adubada. Ela precisa ser administrada bem, com participação da população,
para atingir um nível de satisfação. Nós temos de buscar qualidade de vida hoje.
MM: Mário, o Mundo das Montanhas agradece imensamente pela
entrevista e o parabeniza pelos relevantes serviços prestados no município e
deixa a palavra franca para suas considerações finais.
Mário: Em primeiro lugar quero falar do sonho que você
mencionou anteriormente. A gente sonha para depois virar realidade. Eu me
lembro quando cheguei em Ataléia há oitos anos. Ninguém acreditava que pudéssemos
atingir o potencial que se tem hoje. E isto é só o início. Eu acredito e nós
acreditamos no desenvolvimento de Ataléia. Temos todo o potencial para fazer isso
acontecer. Basta a sociedade querer. Nós temos vários órgãos no município que
trabalham em prol do produtor rural e em prol do desenvolvimento. Então, é só
trabalharmos juntos, trabalharmos unidos, para chegar no bem comum, que é o
desenvolvimento sustentável do município. Nós acreditamos muito em Ataléia. E
eu acredito que Ataléia vai se tornar, pois tem potencial, em um dos municípios
mais produtivos do estado de Minas Gerais.
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Mário de Souza conduzindo a criação da associação rural da região dos três vales em Ataléia em agosto de 2011 (veja matéria neste blog, na seção Sociedade) |
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7 comentários:
Mário,obrigado por sempre acreditar no desenvolvimento de Ataléia, obrigado pelo que tem feito por ela.
Sempre fui muito grata a você,quando tinha alguma pesquisa sobre informações agropecuária de Ataléia,você sempre arranjava um tempinho para responder minhas perguntas. Obrigado também Renato, cada vez mais enriquecendo os leitores de informações raríssimas.
Fico feliz por termos jovens interessados em assuntos tão importantes do município. Parabéns, Anny. Você é especial, viu?
Obrigado Renato, você também é muito especial!
Renato parabéns mais uma vez por essa inovação de postar entrevistas com pessoas que colaboram com o desenvolvimento de Ataléia. Fico feliz em saber que a EMATER está em boas mãos. Muito interessante as perguntas e a colocação do ponto de vista do técnico. Sempre achei que o Turismo Rural poderia ser uma excelente alternativa de renda para o município, além da pecuária e da agricultura, pois Ataléia pode entrar em um circuito de escalada ( treking ) de montanhas e caminhadas ecológicas. Estas montanhas são excelentes para alpinistas. Chalés, pousadas, guias, lojas, restaurantes e uma imensa cadeia por trás do Turismo.
valeu. Aproveito para desejar um grande ano de 2012 para você.
Valeu pelo comentário, Júlio. A ideia do turismo ecológico é muito boa. Aliás, você conhece muito bem essa nossa região, pois prestou grandes serviços pela Emater aqui na terrinha. Abração
Muito bom ler uma entrevista como essa Renato, é uma injeção de animo. O Mario mostrou pontos positivos de desenvolvimentos em nossa cidade, projetos e sonhos que podem ser realizados, boa vontade e conhecimento faz a diferença
Jane, Mário mostrou muita sobriedade nesta entrevista. E, como poucos,conhece o município e seus problemas. Valeu pelo comentário
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